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27/11/2014 - FORMAÇÃO SINDICAL


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Comunicação Sindicato

No dia 14/11, ocorreu o seminário de formação sindical do SINDISAÚDE RS. O tema deste mês foi o sindicalismo e o racismo institucional. O primeiro palestrante, Bernardo Correia, explicou que o sindicato surge como necessidade de resistência a exploração do trabalho e como instrumento de luta para obter mais direitos. A CLT é um produto histórico da classe trabalhadora mediado com o que a classe dominante foi obrigada a ceder, sem que perdesse tanto seus lucros.

Durante boa parte da ditadura militar, o sindicalismo no Brasil era uma parte do governo. No final dos 70, pipocaram grandes greves por todo o Brasil que ganharam dimensão sócio política, para além da dimensão salarial. Desse período, surge a CUT com a linha de combate aos governos e aos patrões. Nos anos 90, essas grandes lutas sofrem um refluxo com o avanço do neoliberalismo. Resulta em uma herança para os anos 2000 de terceirizações, organizações de base enfraquecidas e burocratização das direções sindicais.

Para Bernardo, a maneira de se reciclar é aliar as lutas sindicais aos movimentos sociais que vem surgindo, como os movimentos de ocupação nos países em crise da Europa e os que tomaram as ruas em junho do ano passado no Brasil.

O segundo palestrante da tarde, Stênio Rodrigues, colocou que o racismo no Brasil é uma construção, pois nenhum ser humano nasce racista. A história dos negros não é contada, sendo resumida a escravatura. Parece que antes da imigração europeia, não existia trabalho no Brasil. O problema da história do negro se agrava porque tiraram sua identidade, não sendo possível saber de que país da África vieram seus descendentes. Os negros foram coisificados, como se fossem mercadorias. Esse racismo persiste até hoje, com trabalhadores que não aceitam ser chefiados por negros, como exemplificou Stênio. A luta contra o racismo segue sendo muito atual e combatê-lo é tarefa de todos.