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01/02/2016 - Seminário sindical prepara Campanha Salarial 2016


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Comunicação Sindicato

 

Começou nesta quarta (27/1) o Seminário de preparação para a Campanha Salarial 2016 do Sindisaúde-RS. O presidente do sindicato Arlindo Ritter realizou a abertura colocando que urge debater a questão da prorrogação de jornada das 12 por 36, assim como o plano de lutas pela manutenção e por avanços no que toca os direitos dos trabalhadores. Logo depois, o assessor jurídico do sindicato, Silvio Boff, explicou que o debate sobre a mudança da carga horária se acentuou ano passado com o aumento de notificações e multas aplicadas pelo Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) as instituições hospitalares. De acordo com o MTE, é preciso ter uma autorização prévia que permita que o trabalhador exceda às 8h diárias em condições insalubres. Porém, como explicou o jurídico, essa autorização pode demorar até três anos e é bem rigorosa.

Na mesma mesa, falou o Secretário Geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Saúde, Valdirlei Castanha, que colocou que os sindicatos dos trabalhadores devem se somar a patronal pela manutenção das 12 x 36, mas é preciso cobrar contrapartidas como melhores condições de trabalho, respeito aos intervalos, locais adequados para descanso, pagamento devido das horas extras e redimensionamento do quadro. Ainda não há uma determinação geral, foram aplicadas sanções esporádicas em hospitais como o Vila Nova que, por sinal, não estava respeitando o horário de intervalo dos funcionários e estava aplicando jornadas superiores as 12 horas. No Hospital São Lucas da PUCRS, de maneira unilateral, a patronal já está modificando a carga horária para 6h e 8h diárias, o que está sendo contestado pelo sindicato que entrará com ação na justiça.

Hoje, não existe uma solução para acabar com as 12 por 36. Trabalhadores com dois empregos e realizando cursos não podem de uma hora para outra mudar sua rotina, a categoria é formada majoritariamente por mulheres, não seria prudente fazer 6h e, por exemplo, estar às 2h da madrugada esperando ônibus, além do transporte público ter horários limitados não permitindo que o trabalhador consiga realizar essa nova jornada em determinados turnos, como na madrugada. Com certeza, esse será um dos principais debates dos trabalhadores da saúde que hoje representam a segunda categoria que mais se afasta do trabalho por questões de saúde. Precisamos sim de soluções, mas não para pior.

O seminário também abordou temas como o assédio moral com a psicóloga Karine Perez, conjuntura econômica com o DIEESE, o papel do sindicato na regulação das relações de trabalho com a advogada Raquel Paese, campanhas salariais com Milton Kempfler (presidente da FESSERS)e Marcos Fuhr (SIMPRO/RS). Encerradas as mesas com os palestrantes, dirigentes e delegados sindicais se dividiram em três grupos para debater estratégia e pautas para a Convenção Coletiva desse ano. Após amplo debate, os participantes formaram duas comissões, uma de comunicação e a outra para trabalhar em cima das pautas. Com certeza não será um ano fácil, mas com a unidade dos diversos sindicatos que representam os trabalhadores da saúde e uma estratégia acertada, é possível obter importantes avanços.

 



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