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12/11/2015 - Violência nos postos de saúde e o descaso do poder publico


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Comunicação Sindicato

Nesta quinta, 12/11, as delegadas do IMESF e os diretores do SINDISAÚDE RS teriam uma reunião no grupo de prevenção a violência da Secretaria Municipal de Saúde para defender as propostas já encaminhadas anteriormente. O encontro foi agendado para que as próprias trabalhadoras pudessem falar, pela primeira vez, sobre a realidade do seu local de trabalho. Mais uma vez, os gestores públicos desmarcaram a reunião, em cima da hora, sem nenhum motivo. As trabalhadoras da saúde vinham se preparando há tempos para essa reunião, que foi remarcada para o dia 19/11, tendo elaborado um estudo e uma apresentação no Powerpoint para melhor explicar os motivos que tem gerado os casos de violência. As trabalhadoras se sentem sem voz, pois além das sucessivas reuniões desmarcadas, os conselhos locais de saúde ou são pouco eficazes, ou ainda inexistentes.

Confira algumas das principais dificuldades:

-Por se encontrarem em comunidades carentes, as profissionais estão sujeitas ao toque de recolher, ameaças armadas, as ordens dos chefes do tráfico, tiroteios e execuções entre gangues rivais.

-Estrutura física precária, não contando muitas vezes com questões básicas como rede elétrica adequada, estoque de medicação inadequado, sem alarme facilitando arrombamentos, sucateamento dos utensílios e prédios, alguns postos sem PPCI (Plano de Prevenção e Combate a Incêndio), acessibilidade dificultada (idosos, cadeirantes e grávidas principalmente). Mesmo a equipe estando impossibilitada por motivos de força maior, não há compreensão por parte de alguns usuários.   

-Ausência de farmacêuticos faz com que a despensa dos medicamentos tenha que ser feita por outros profissionais que já estão extremamente sobrecarregados, aumentando o número de erros e o tempo de espera do usuário que muitas vezes age com violência diante da demora e da falta de medicação.

-Os postos contam apenas com o serviço de portaria e não com serviço de segurança, colocando em risco toda a equipe e usuários.