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07/02/2017 - Com referência mundial presente, pré-estreia de "O Caso do Homem Errado" é um sucesso


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Comunicação Sindicato

O auditório do Sindisprev esteve completamente lotado na tarde de hoje para a exibição do filme "O Caso do Homem Errado", promovida pelo Sindisaúde-RS. Cerca de 200 pessoas aplaudiram efusivamente a obra, produzida pelas cineastas Camila de Moraes e Mariani Ferreira, que contou com um teste de transmissão ao vivo na página do Facebook do Sindisaúde-RS. Os presentes também tiveram a honra de receber a ilustre presença do presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH), Jair Krischke, conhecido como "o homem que salvou 2 mil vidas", devido à sua atuação durante o regime militar. Krischke é referência mundial em direitos humanos (clique aqui para entender)

Auditório esteve tomado, com cerca de 200 pessoas

Filme soi assistido com total atenção

Jair Krischke falou de tempos passados e atuais, lembrando que a juventude negra segue sendo vítima de assassinatos diários. Na foto, a organizadora do evento e diretora sindical, Ana Paula Capra, o observa.

O filme foi seguido de um debate, comandado pelas cineastas, pela advogada e ativista Karla Meura, e por José Antônio da Silva, delegado sindical do Sindisaúde-RS e coordenador do Coletivo de Raça, Gênero, Sexualidade e Religião da Aserghc. "Eu vejo que o racismo é uma ideologia e, no que tange à juventude negra, ele vem se aperfeiçoando. No filme, vimos um jovem negro exterminado, julgado sumariamente por um policial. Essa história se repete", disse Meura.

Karla Meura, advogada e militante do movimento negro; ao fundo, Camila de Moraes (esq.) e Mariani Ferreira (dir.), as diretoras do filme

José Antônio da Silva, delegado sindical e coordenador do Coletivo de Gênero, Raça, Sexualidade e Religião da Aserghc

O momento mais emocionante veio com as falas de "Pernambuco" e "Baiano", que foram grandes amigos de Júlio César. "Pernambuco" levantou o público ao discursar. "Essa sociedade não vai, de forma alguma, mudar a violência contra nós, negros, se ainda acreditarmos nos valores dessa sociedade. Se não tivermos consciência disso, seguiremos acreditando que por esse modelo um dia seremos libertos. Os racistas o são porque nós permitimos assim".

"Baiano" se emocionou ao relembrar a execução do amigo

"Pernambuco" levantou o público com sua fala

A diretora de Raça, Saúde e Diversidade Sexual, Ana Paula Capra, agradeceu a todos os presentes ao final do encontro, e também à direção do Sindisprev (conheça o site), que cedeu seu espaço para o evento. Também estiveram presentes, representando o Sindisaúde-RS, o vice-presidente, Julio Appel, as diretoras Claudia dos Santos, Marlise Correa, Marly Magalhães, Mariangela dos Santos, e os diretores Jessu Silva e Paulo Gonçalves.

Claudia Regina dos Santos, diretora do Sindisaúde-RS

Novidade: transmissão ao vivo

Em sua página do Facebook (clique aqui para acessá-la), o Sindisaúde-RS realizou uma transmissão ao vivo, tanto do filme quanto do debate. Foi um primeiro teste para que o sindicato adote esse modelo de transmissão em mais oportunidades, como nas assembleias, atendendo à promessa de trazer cada vez maior transparência e aproximar o sindicato das categorias. Por isso, curta a página do Face e acompanhe os demais meios de comunicação do sindicato, pois vem cada vez mais por aí.

Sinopse

O curta-metragem conta a história do operário gaúcho Júlio César de Melo Pinto. Negro, casado, 30 anos, sem antecedentes criminais, Júlio César foi executado por integrantes da Polícia Militar na década de 80, após ser confundido como assaltante. O crime ficou conhecido como “O Caso do Homem Errado” e ganhou fama após o repórter da Zero Hora, Ronaldo Bernardi, fotografar Júlio César sendo colocado com vida na viatura e chegar, 37 minutos depois no hospital, morto com dois tiros.