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12/06/2018 - BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - Gestão do hospital falta à audiência na Câmara *


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Comunicação Sindicato

* Com informações da Assessoria de Comunicação da Câmara de Vereadores

Na manhã de hoje, continuando na pressão política em favor dos trabalhadores do Hospital Beneficência Portuguesa, o presidente do Sindisaúde-RS, Arlindo Ritter, esteve na Câmara de Vereadores e Porto Alegre, para audiência pública da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) sobre a situação da casa de saúde.

À direita da foto, o presidente Arlindo Ritter (crédito da foto: Henrique Ferreira Bregão/CMPA, com corte)

"A situação é calamitosa. Há meses o sindicato atua em todas as frentes possíveis para obter o pagamento dos salários e direitos atrasados, mas mesmo o Poder Legislativo está perplexo com a falta de comprometimento da direção", comentou o presidente Arlindo Nelson Ritter, que compôs a mesa.

Ritter afirmou aos vereadores que há uma semana ligou para o presidente do Beneficência Portuguesa, Augusto Veit Júnior, buscando saber se haveria alguma definição com relação aos rumos da instituição. “Ele só disse que haveria uma instituição interessada em assumir o hospital e que estaria aguardando mais duas propostas. Os trabalhadores continuam sem receber e o hospital se recusa a dar mais informações. A gente sai frustrado daqui porque parece que não há perspectivas”, lamentou, demonstrando grande preocupação com o possível fechamento de mais um hospital na cidade.

Situação financeira e administrativa

O coordenador de Atenção Hospitalar da SMS, João Marcelo Lopes Fonseca, destacou que o relatório elaborado por técnicos contratados do Hospital Sírio Libanês e entregue à Prefeitura em 21 de maio aponta dois problemas principais: um financeiro e outro administrativo. O financeiro, afirmou Fonseca, revela que a soma das dívidas fiscal, bancária, trabalhista, com fornecedores e com a própria prefeitura é de pelo menos R$ 81 milhões. “Isso é uma estimativa conservadora, pois há ausência de registros, como por exemplo o balanço contábil de 2017. O passivo pode ser maior, mas certamente não é menor do que isso.”

Com relação ao problema administrativo, Fonseca explicou que a auditoria aponta que, para reabrir o hospital, seria necessário um investimento estimado de R$ 30 milhões para readequar a estrutura física. Ele revelou ainda que a auditoria não localizou parte dos equipamentos de alto custo, comprados por meio de recursos de emendas parlamentares.

A vereadora Fernanda Melcchiona (PSOL) cobrou responsabilizações criminais para os gestores dos últimos anos. "Para se ter um passivo de R$ 81 milhões em dívidas apenas por má gestão, tem que ser uma gestão muito ruim mesmo. É preciso ver como ficam as responsabilizações criminais".

Presentes

Além de Ritter, Fonseca e Fernanda, estiveram na reunião o presidente da Cosmam, vereador Cássio Trogildo (PTB),  o vice-presidente, vereador José Freitas (PRB), além dos parlamentares André Carús (MDB), Aldacir Oliboni (PT), Mauro Pinheiro (Rede) e Paulo Brum (PSDB).