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13/07/2018 - IMESF - Trabalhadores paralisam em 18 de julho e votam greve dia 24


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Comunicação Sindicato
Após três anos sem fechamento de Acordo Coletivo de Trabalho com a gestão do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (IMESF), os trabalhadores do instituto definiram, em assembleia com cerca de duzentas pessoas na noite de ontem (12), pela paralisação de suas atividades na próxima quarta (18). 
 
Além disso, na terça-feira seguinte (24), nova assembleia será realizada para votar o início da greve dos funcionários contra os desmandos do prefeito Nelson Marchezan.
 
Trabalhadores aprovaram movimentos por unanimidade
 
A assembleia
Centenas de pessoas mostraram a união em que se encontram as várias categorias profissionais na luta por seus direitos. A assembleia, convocada pelo Sindisaúde-RS e pelo Sindicato dos Enfermeiros (Sergs), contou ainda com a participação de categorias profissionais representadas por outros sindicatos, que já decidiram também aderir à paralisação da próxima quarta e à possível greve posteriormente.
 
 
Cerca de 200 pessoas se fizeram presentes
 
Definições
A assembleia começou com o presidente Arlindo Ritter, o vice, Julio Appel, o secretário-geral, Julio Jesien, e os advogados Sílvio Boff e Raquel Paese expondo os problemas enfrentados na negociação nesses últimos anos. Desde 2017 não há fechamento de ACT, e os reajustes salariais estão congelados, mesmo que previstos no próprio contrato de gestão do IMESF. Também compuseram a mesa o presidente do Sergs, Estêvão Finger, e a diretora Janice.
 
Mesa foi composta pela diretoria de Sindisaúde-RS, Sergs e seus departamentos jurídicos
 
Jesien lembrou aos presentes a completa responsabilidade com que as entidades de classe têm conduzido as negociações. "Devido a termos feito todo o possível para negociarmos o fechamento de um acordo antes de chegarmos à paralisação e possível greve, nós acreditamos que tanto o Ministério Público quanto o Ministério Público do Trabalho deverão ser sensíveis aos nossos movimentos a partir de agora", explicou.
 
Há uma situação de completa falta de negociação, e mesmo de abandono da mesa, pois a gestão do IMESF sequer cumpriu com o prometido na última das cinco mediações do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4), quando os sindicatos aceitaram fechar o ACT no que dizia respeito às cláusulas sociais, desde que fosse garantido às entidades de classe acionar juridicamente o instituto pela reposição salarial.
 
Os representantes do IMESF em mesa se comprometeram a dar o retorno da gestão em até 30 dias depois de 11 de maio, data da última mediação, mas não cumpriram com o prometido, o que levou os sindicatos a convocar a categoria para a assembleia de ontem.

 

Decreto do prefeito Marchezan
 
Os sindicatos deixaram claro às categorias presentes à assembleia que não há nenhum risco decorrente do decreto do prefeito Marchezan contra o direito de greve, publicado em 22 de junho no Diário Oficial de Porto Alegre. "Esse decreto legisla a respeito dos municipários, que não é o caso das categorias aqui presentes, todas celetistas", afirmou Jesien.
 
Greve pode ser deflagrada em assembleia no dia 24 de julho
Crédito das fotos: Stéfano Mariotto / Assessoria de Imprensa Sindisaúde-RS
 
Obs.: devido ao arrombamento da sede do sindicato, ocorrido na madrugada desta sexta (12), não foi possível a postagem de todas as fotos produzidas na assembleia.