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13/07/2022 - CAMPANHA SALARIAL 2022 - Trancaços em frente aos hospitais a partir da semana que vem; nova "proposta" piora repasses


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Stéfano Mariotto de Moura - Coordenador de Comunicação

Hoje (13), a direção do Sindihospa, recentemente eleita, alcançou um feito de relevância: apresentar a proposta mais desrespeitosa de todo o período de negociação com o Sindisaúde-RS. Infelizmente, a nova "proposta" da patronal conseguiu piorar a anterior (leia ao pé da matéria). Com isso, a diretoria sindical e comissão decidiram que, a partir da semana que vem, intensificarão as ações de luta em frente aos hospitais da base Sindihospa, com trancaços no trânsito próximo aos acessos. 

Ao longo dos próximos dias, as datas dos atos serão divulgadas. Horários e locais, porém, devem ser omitidos, de forma a não alertar as direções dos hospitais. Reforçamos aos trabalhadores que se comuniquem sobre o assunto, para evitar atrasos na chegada ao trabalho. E que entendam que essa luta é por todos nós.

Palavra do Sindisaúde-RS

"Considerando o grande período de negociações respeitosas, acreditávamos que receberíamos um retorno positivo a nossa última contraproposta, podendo então levar para a categoria apreciar em assembleia. Foi o que informamos à patronal, inclusive, na última reunião. Porém, o retorno foi muito ruim. Agora, o percentual de reajuste que, na proposta anterior, estaria recompondo os salários em outubro, só seria alcançado lá em janeiro de 2023. Por isso, a intensificação da luta, esperando que a categoria se mobilize junto", explicou o presidente Julio Jesien.

A contraproposta apresentada pela patronal nesta quarta (13)

É novamente o INPC do período, parcelado em três vezes. Porém, agora o Sindihospa queria pagar a primeira parcela de 3,94% no mês posterior à assinatura da Convenção (o que acabaria sendo já a folha de setembro), sendo que a segunda e terceira parcelas, ambas de 3,94%, ficariam para janeiro e março de 2023. Na proposta anterior, também havia parcelamento, mas já em outubro estariam recompostos 5,74% nos salários, com o restante sendo pago em 2023.

Assim, o sindicato e a comissão de negociação consideraram que não houve esforço em reconhecer a categoria que salvou vidas durante a pandemia. Afinal, para além de não avançar, houve piora nas condições de pagamento.