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13/04/2022 - CANOAS – Após manhã de luta, Município assume compromissos com gestantes, puérperas e lactantes


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Stéfano Mariotto de Moura - Coordenador de Comunicação

Dezenas de trabalhadoras grávidas, puérperas e lactantes, sem a devida fonte de remuneração, pedindo para serem recebidas dentro do prédio público da Prefeitura de Canoas, e dando com a cara na porta. Ou melhor, na Guarda Municipal impedindo a entrada devido a “ordens superiores”.

 

Crédito das fotos: Stéfano Moura / Sindisaúde-RS

 

Trabalhadoras levaram filhos ao ato

Esse era o cenário entre 9 e 12h da manhã desta quinta-feira (13). Porém, lutadoras como todas mães são, essas dezenas de trabalhadoras resistiram, manifestaram-se, cobraram, fizeram trancaços e, enfim, depois de 3 horas, a Prefeitura recebeu uma comissão de trabalhadoras e o presidente do Sindisaúde-RS, Julio Jesien. O ato foi realizado pelo sindicato após denúncias constantes das trabalhadoras sobre os não pagamentos.

Trancaço na via principal fez Prefeitura ceder à luta e chamar trabalhadoras para reunião

Encaminhamentos da reunião

1) Proposta do Sindisaúde-RS
O Município se comprometeu a avaliar, até terça-feira (19), a viabilidade de um eventual projeto de lei, proposta do Sindisaúde-RS, que defina auxílio emergencial para essas trabalhadoras.

2) Pedido do Município ao sindicato
Concomitantemente, está tramitando a ação sobre a intervenção da Prefeitura no sistema de saúde de Canoas. Esta ação, segundo alega o Município, definiu um bloqueio de verbas que já estariam destinadas ao pagamento das trabalhadoras de licença. Assim, o Município pediu ao Sindisaúde-RS que o sindicato entre na ação como “terceiro interessado", de forma a auxiliar na liberação das verbas.

O que está acontecendo?

Após o fim do contrato da Gamp com o Município, todas trabalhadoras em gozo de licença-maternidade que não foram, conforme prometido, contratadas pelas novas empresas terceirizadas, entraram em uma espécie de limbo, pois sua demissão também não foi efetivada pelo Gamp.

Com isso, essas colegas, hoje estimadas em 120, não estão recebendo salário (pois não têm contrato ativo no momento) nem licença-maternidade, pois o Gamp não tem patrimônio nenhum, portanto não tem verba para repassar a título de licença-maternidade. Lembrando que é o empregador que repassa a licença a funcionárias com carteira assinada.

Live da luta

Transmitimos durante quase uma hora parte da luta da manhã em nossa página do Facebook. Acesse a live clicando aqui!

Mais trabalho sindical no HU

MAIS TRABALHO SINDICAL EM CANOAS

Antes da luta com as trabalhadoras gestantes, puérperas e lactantes, a diretoria do sindicato se reuniu com a gestão do Hospital Universitário, representada hoje pela Funam, para questionar o atraso salarial e estabelecer um primeiro diálogo. O presidente Julio Jesien e o diretor Júlio Duarte introduziram uma das principais necessidades históricas da categoria ao longo dos últimos anos: a definição de qual negociação coletiva regulará os direitos dos trabalhadores do HU.

Quanto aos salários, já haviam sido acertados antes da reunião. A gestão alegou problemas administrativos, relacionados à transição, para explicar os atrasos (assim como a gestão do Gamp fez todas as vezes em que houve atrasos). O sindicato entende que o processo de transição pode realmente gerar problemas iniciais, mas guarda expectativa de que essas situações antigas não se repitam com a Funam.

Uma nova reunião ficou acertada para esta segunda-feira (18), às 11h, entre sindicato e gestão, com objetivo de discutir problemas que vêm sendo apresentados pela categoria.

Reunião no HU

Diretoria do sindicato em Canoas