Servidores do IMESF lotaram assembleia para deliberar sobre proposta mediada pelo TRT4
Os últimos dois dias foram intensos para os trabalhadores da saúde de Porto Alegre. Na segunda-feira, dia 30, um antes do início da paralisação anunciada na última semana, o Sindisaúde-RS junto com demais sindicatos da categoria participou de uma audiência de mediação convocada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT4) com a presença de representantes jurídicos da Prefeitura e do IMESF - Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família.
Foram cerca de 5 horas de audiência, com diversos momentos tensos já que a Administração Municipal parecia não estar interessada em negociar muitas vezes. Porém, com forte empenho dos sindicatos e da própria juíza desembargadora presidente do TRT4, Vânia Cunha Mattos, chegou-se ao acordo que foi colocado em votação durante assembleia da categoria no fim da tarde desta terça-feira, 31 de julho, após atos em conjunto com o SIMPA – Sindicato dos Municipários de Porto Alegre, e demais entidades representativas dos trabalhadores em frente a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), no HPS e posteriormente em frente ao Paço Municipal reunindo cerca de 2 mil trabalhadores municipais unificados.
Sindicatos tiveram que ser firmas nas negociações na audiência de mediação no TRT4
O acordo que foi colocado em votação garante a incorporação dos 10% de gratificação ao salário dos servidores do IMESF com a garantia de irredutibilidade do valor pela Prefeitura, que tem até outubro para formalizar isso. Além disso, ficou garantida a licença paternidade e licença interesse para especialização dos servidores em cursos de interesse da área da saúde ou do IMESF. Os dias de paralisação serão compensados somente em 50% em até 90 dias.
Durante a assembleia que lotou o auditório do Sindibancários, no Centro da Capital, logo após a mobilização da categoria pelas ruas da cidade, foi aprovado por unanimidade o acordo pelos trabalhadores presentes e o retorno ao trabalho, porém mantido o estado de greve até a negociação dos índices de reposição salarial serem atendidos pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior que tem até outubro, que não tem tido qualquer diálogo com os servidores públicos, o que deixa todos em alerta e de olho no cumprimento do acordo.
Sindicatos detalharam proposta aos servidores em assembleia lotada
Para o presidente do Sindisaúde-RS, Arlindo Ritter, a necessidade de uma intervenção judicial para garantir os direitos dos trabalhadores e um diálogo com a Administração mostra como Porto Alegre está sendo governada e reforça a importância dos atos da categoria. “Se não fosse o anúncio de paralisação e a grande mobilização não teríamos esse acordo”, afirmou Ritter que elogiou a união das categorias durante os atos realizados nesta terça-feira.
Mobilização com os servidores municipais de Porto Alegre pelas ruas da cidade na manhã desta terça-feira, 31