Nesta segunda à tarde, ocorreu mais uma rodada de mediação junto ao TRT-4 (clique aqui para assistir) sobre a situação dos trabalhadores de Canoas cujo contrato com o Gamp se encerrou. “As mediações que temos realizado nos últimos anos têm nos feito fechar acordos aprovados pela categoria nas assembleias. Infelizmente, a intolerância do Município de Canoas em relação a seus mais de 3 mil funcionários está nos levando a discutir o ajuizamento das questões que não estamos conseguindo sanar na mediação”, informou o presidente do Sindisaúde-RS, Julio Jesien, após a reunião, que durou quase 3 horas.
Com isso, o Município tem até dia 16 (prazo designado pela mesa), para apresentar nova proposta, contemplando os interesses das categorias. Se isso não acontecer, 18/02 é o prazo final para as entidades de classe informarem à mesa sobre a necessidade de continuar com a mediação, bem como sobre designação de eventuais assembleias.
Mediação ocorreu por videoconferência e foi transmitida ao vivo pelo Youtube da Vice-Presidência do TRT-RS
Resumo
- Parcelamento: o Município reduziu em ridículas quatro vezes a proposta de parcelamento das rescisórias, que por si já não encontra amparo na legislação vigente. De 28x para 24x.
- Quitação prévia dos direitos: o Município insistiu nesta questão, sendo que os sindicatos já informaram que não aceitarão a proposta conforme consta até agora. A mesa de mediação, inclusive, posicionou-se na ata da reunião favoravelmente ao entendimento dos sindicatos: "A MEDIAÇÃO registra que não há legalidade na insistência de exigência por parte do MUNICÍPIO sobre outorga geral pelos sindicatos de quitação ampla de rubricas no pagamento das verbas rescisórias, afetando questões individuais desconhecidas".
- Canal de comunicação: o Município informou os meios de contato com o Comitê de Intervenção. Telefone (51) 3236-1600 -
Ramal 5119 e e-mail comitedeintervencao@canoas.rs.gov.br.
Fake News
- Assembleias: o Sindisaúde-RS foi alertado pelos trabalhadores que o próprio Município havia informado a realização de supostas assembleias sindicais para avaliar pagamento de rescisórias. É mentira. Jamais houve possibilidade de isso acontecer antes da mediação de 14/02.
É competência dos sindicatos atuar em nome das categorias que representam, e os sindicatos cumprem com esse propósito. Por outro lado, é competência do gestor público pagar os direitos trabalhistas de seus funcionários, coisa que o sr. Jairo Jorge demonstra não ser competente para fazer.
Por tudo o que relatamos acima, NÃO CAIA NA CONVERSA FIADA DO COMUNICADO DA GESTÃO!
Má notícia para eles: vários trabalhadores nos mandaram o documento (abaixo), denunciando a situação.
NÃO ESQUECE: QUEM TE DEFENDE SÃO OS SINDICATOS. QUEM NÃO QUER PAGAR TEUS DIREITOS SÃO ELES.
