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20/02/2024 - GRUPO FLEURY - Piso da enfermagem garantido na instituição após negociação sindical ser aprovada


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Stéfano Mariotto de Moura - Coordenador de Comunicação

Piso da enfermagem no Grupo Fleury

Técnicas e auxiliares de enfermagem do Grupo Fleury aprovaram, com 98,8% de um total de 83 votos, a proposta patronal para pagamento do piso da enfermagem no local. O presidente Julio Jesien vinha negociando com a gestão do grupo desde que o STF modificou quase que integralmente a lei original do piso, de forma a garantir que o direito fosse pago na instituição. Assim, a assembleia virtual realizada na tarde de ontem (19) no canal do Youtube do Sindisaúde-RS (clique aqui se quiser assisti-la), dirigida por Jesien e com a participação do advogado Silvio Boff (Paese, Ferreira), apresentou a proposta, que foi aprovada em votação encerrada ao meio-dia de hoje (20).

Resultado final

Com isso, o sindicato comunica hoje (20) a gestão do Grupo sobre a decisão e, a princípio, já na próxima folha haverá o pagamento das diferenças. Todas (os) técnicas (os) e auxiliares de enfermagem que recebem abaixo do piso começarão a receber reajustes sequenciais nos salários conforme a tabela abaixo. Em dezembro, todas (os) técnicas (os) e auxiliares da instituição, sem exceção, deverão estar recebendo pelo menos o valor do piso de acordo com sua jornada de trabalho.

Tabela de reajustes

Por que essa negociação?
Porque uma das decisões do STF no julgamento sobre a lei do piso foi que, em locais de trabalho que não atendem 60%¨SUS, caso do Fleury, o piso só seria pago mediante negociação coletiva entre patrões e sindicatos de classe ou, em último caso, através de dissídio coletivo. Dissídio é quando uma questão trabalhista é decidida pelo Poder Judiciário. Ou seja, essa eventual decisão pode ser uma caixinha de surpresas: tanto pode ser ótima para a categoria, como pode ser péssima e até mesmo negar o direito. Dessa forma, o Sindisaúde-RS se antecipou à possibilidade e negociou com a gestão do Grupo, que chegou a essa última proposta, apresentada em assembleia e aceita pela categoria.
E os outros locais de trabalho?
Locais que atendem mais de 60%¨SUS: esses recebem verbas do Governo para pagamento do piso. O Governo Lula garantiu, também em 2024, recursos para pagamento do piso (confira aqui). Assim, esses locais são obrigados a pagar a enfermagem normalmente. Em casos nos quais isso não ocorra, denuncie aqui!
Locais que não atendem 60%¨SUS: negociações em andamento. Em linhas gerais, esses locais são representados por 2 sindicatos patronais: o Sindihospa e a Fehosul.
Sindihospa: com essa patronal, que representa hospitais e empresas de saúde privadas em Porto Alegre, o Sindisaúde-RS teve uma primeira negociação antes da decisão do STF, que foi negada pela categoria em setembro de 2023 (clique aqui). Com a mudança na lei do piso, promovida pelo STF, foram retomadas as conversas e, havendo uma proposta que o sindicato considere passível de avaliação pela categoria, será convocada assembleia.
Fehosul: a patronal, que representa empresas de saúde privadas no interior do RS, não negociava há anos com o Sindisaúde-RS. No caso do piso da enfermagem, foram iniciadas conversas. Assim como no caso do Sindihospa, havendo uma proposta que o sindicato considere passível de avaliação pela categoria, será convocada assembleia.

Pouquíssimas (os) sócias (os) do sindicato

Pessoal, o Sindisaúde-RS instiga vocês aí no Fleury a termos todos um pouco mais de consciência de classe. Deem uma olhada no percentual de sócias (os) votantes na imagem abaixo:

E você ainda fica isento de pagar cota negocial quando fecharmos a próxima negociação coletiva por reajuste salarial, além de fortalecer o sindicato e desfrutar de benefícios, como Colônia de Férias e convênio com a Uniodonto por um preço camarada!

Proposta na íntegra

Clique aqui e confira a minuta do Acordo apresentada na assembleia virtual.

Presidente Julio Jesien e advogado Silvio Boff (Paese, Ferreira) na assembleia