Você, trabalhador (a) do Humaniza, merece saber: você foi ridicularizada (o) pela gestão bilionária do Hospital Humaniza na reunião de mediação da tarde de ontem, no TRT-4. Te explicamos a seguir, mas já te adiantamos a resolução tomada pelos sindicatos de forma unânime em tua defesa: as entidades agradeceram o esforço do Tribunal, mas se retiraram formalmente da mesa de mediação que buscava uma negociação coletiva.

Além disso, os sindicatos informaram que irão instaurar uma ação solicitando o que pedimos desde o início: que o Humaniza seja forçado a respeitar a Convenção Sindisaúde-RS/Sindihospa.

Como foi a reunião e o processo de mediação até então

• Na tarde de ontem (10), o Sindisaúde-RS e demais sindicatos do setor participaram de mais uma reunião de mediação, junto ao TRT-4, com objetivo de que o Humaniza aceitasse firmar uma negociação coletiva com as entidades de classe.
• Na última reunião, os sindicatos ficaram responsabilizados, frente à mediação, de apresentar a proposta de Acordo de cada sindicato, de forma que pudesse se discutir na mesa e tentar avançar ponto a ponto.
• Surpreendentemente, o jurídico do Grupo NDI inventou que os sindicatos teriam apresentado uma “outra negociação coletiva” que não seria a combinada.
• Foi então que o próprio desembargador fez a leitura da ata: “Olha, doutor (referindo-se ao advogado do NDI), se o senhor acompanhar a ata, vai ver que os sindicatos dos trabalhadores fizeram exatamente aquilo a que se propuseram”
• A empresa então disse que iria “manter a mesma posição”, ou seja: não fazer a discussão dos itens.
• Chegou-se à conclusão de que a empresa estava usando a mesa de mediação do Tribunal para enrolar o processo.
• Assim, os sindicatos agradeceram o desembargador pelos esforços de mediação, e informaram a saída da mesa, com posterior ajuizamento de ação cobrando da empresa a aderência à Convenção Coletiva firmada com o Sindihospa, que era a intenção dos sindicatos desde o início do processo.

Palavra do Sindisaúde-RS

“Infelizmente, a tentativa de ridicularizar a categoria, ao enrolar um processo conduzido seriamente pelo TRT-4 e pelos sindicatos, levou-nos à retirada da mesa e ao acionamento de nosso jurídico para entrar com ação. Não era o que desejávamos. Porém, essa atitude que a maior operadora de saúde da América Latina tomou na mediação de ontem sinalizou, para nós, o caminho correto a seguir: que a Justiça decida quem tem razão em solicitar direitos", declarou o presidente Julio Jesien, que representou a categoria na reunião, acompanhado pela advogada Raquel Paese (Paese, Ferreira).