VÃO TER QUE NOS OUVIR!
Mesmo que nos apontem armas, como hoje no Hospital Moinhos de Vento
Saúde não é feita só por médicos - mesmo que alguns pensem assim. Hoje pela manhã, o Sindisaúde-RS fez o 5º ato "Palmas não bastam!" - dessa vez, o hospital escolhido foi o Moinhos de Vento, conhecido por atender a classe média alta da Capital.
Ato desta terça foi no Moinhos
Não parece, porém, que os bons cuidados prestados por seus profissionais se estendam a quem os contraria. O sindicato realizava ato totalmente pacífico no estacionamento, com os incômodos decorrentes de qualquer luta por direitos. Em meio a essa situação, a segurança do hospital ameaçou a diretoria do Sindisaúde-RS, inclusive apontando uma arma para os sindicalistas.
Os vídeos que foram gravados da agressão não serão publicados para preservar a identidade dos envolvidos. Mas estão salvos para eventuais necessárias ações.
De resto, lembramos: ninguém vai impedir cirurgia em lugar nenhum. Bastava os médicos terem deixado seus carros do lado de fora neste excepcional dia da semana e acessar então o hospital. Assim, estarão também tendo um mínimo de solidariedade com os trabalhadores técnicos e de nível médio que os auxiliam e que não contam com os mesmos recursos financeiros.
"O sindicato está fazendo a luta por trabalhadores que estão impossibilitados pela pandemia de lutar por seus direitos. Se é chato não poder estacionar pela manhã, é mais chato ainda ficar um ano salvando vidas e não ter nenhum reconhecimento por isso", comentou o diretor Carlos Alexandre Silveira.
Por que o ato no estacionamento?
Porque essa é a única forma encontrada, em meio à pandemia, para causar incômodo às gestões que pretendem não pagar sequer a inflação para os trabalhadores de nível médio e técnico na saúde.