Uma situação que vem sendo tratada pelo sindicato há quase 3 meses, a dos contratos para jornadas 12x36 impostos aos trabalhadores pelas gestões dos hospitais Moinhos de Vento, Divina Providência e São Lucas da PUC, vai tendo avanços em dois dos três hospitais. Moinhos e Divina encerrarão os contratos (em prazos distintos) e concederão as folgas devidas. O sindicato segue cobrando bonificação pelo cumprimento da jornada extraordinária.
“O São Lucas, porém, deverá ser acionado judicialmente pelo sindicato”, informou o presidente do Sindisaúde-RS, Julio Jesien, que tem participado das mesas, junto ao diretor Julio Appel e ao advogado Silvio Boff.
Confira abaixo detalhes sobre cada hospital.
Denúncias no Moinhos foram essenciais
As denúncias massivas feitas pelos trabalhadores do Hospital Moinhos de Vento, através de nossas redes sociais, foram de suma importância para poder avançar nas negociações, bem como a confiança desses trabalhadores no seu sindicato.
Entenda
O Sindisaúde-RS defende que a prática dessas jornadas 12x36 diurnas está incorreta e notificou as gestões em 28 de julho sobre o assunto. Por seu lado, as gestões argumentam que teriam base legal para manter tais jornadas extraordinárias.
Nesse impasse, estamos chegando a dois meses de negociações semanais, reportadas aqui em nosso site. O objetivo é o de alcançar um acordo que contemple os anseios dos trabalhadores representados pelo sindicato sem a necessidade de uma longa discussão judicial.
Reuniões como a da imagem, ocorrida em 22/09, têm sido semanais
Moinhos de Vento
O hospital assumiu o compromisso de até o final de novembro encerrar todos os contratos 12x36 diurnos, bem como de começar esses encerramentos desde já, de forma gradativa. Além disso, o Moinhos também se comprometeu a verificar todos os trabalhadores que teriam direito à folga mensal, mas que não usufruíram do direito, e efetivar essas folgas. Ficou agendada uma reunião para o dia 5/11 para verificar se esses compromissos estão sendo atendidos. Até semana passada, segundo o RH, o número de contratos já havia sido reduzido em 45%.
“Além disso, fizemos uma solicitação de bonificação para esses trabalhadores que cumpriram essa jornada excepcional no período. Ainda é um pedido inicial, mas tem base na possibilidade de que o sindicato poderia ajuizar uma ação trabalhista que cobraria do hospital 4h de cada plantão, as quais ultrapassam as 8h de trabalho previstas pela Convenção Coletiva Sindihospa, à qual o Moinhos tem de responder”, explicou o presidente Julio Jesien.
Divina Providência
A gestão já havia informado que não tem mais interesse em manter a jornada, sendo que todos os contratos serão encerrados em 31 de outubro. O sindicato ainda aguarda posicionamento da gestão sobre o pedido de bonificação, realizado também na PUC e no Moinhos. Os representantes do hospital haviam alegado em 06 de outubro que não pagariam tal compensação; porém, informados da possibilidade de ajuizamento de ação por parte do sindicato, ficaram de dar retorno.
São Lucas da PUC
“Está havendo um claro desencontro por parte da PUC. E não estamos vislumbrando que a gestão avance nas negociações. Inicialmente eles afirmaram que iriam fazer essa jornada até 31 de dezembro, o que evidentemente foi rechaçado por nós. Se eles efetivamente se mantiverem com essa postura, iremos ajuizar a ação que cobra 4h diárias a mais para os trabalhadores que estão fazendo 12x36”, explicou Jesien.
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