Após mediação que durou quase 3 horas na tarde/noite de ontem (11), o Sindisaúde-RS deixou claro aos representantes do Hospital Mãe de Deus que a "proposta" oferecida em mesa para compensar as centenas de demitidos do hospital não chega sequer perto de alguma possibilidade de acordo, dado que o sindicato luta pela reintegração total dos demitidos.
Proposta da gestão foi rechaçada pelo sindicato
Trabalhadores e trabalhadoras demitidos realizaram novo ato de protesto na tarde de ontem (11)
Com isso, o sindicato informou que manterá os atos de mobilização em frente ao hospital até que seus representantes tragam às negociações uma proposta minimamente razoável - até o momento, ofereceram apenas meio salário mínimo a mais, além das verbas rescisórias.
Novas reuniões
Nova reunião no TRT-4 ficou agendada para segunda-feira (17) às 15 horas no; antes disso, os advogados das partes se reúnem na quinta-feira (13) às 18 horas para tentar alcançar algum avanço. O Ministério Publico e o próprio desembargador estão instando o hospital a avançar na atual proposta, considerada desprezível pelos trabalhadores e pelo Sindisaúde-RS.
R$ 38 milhões em rescisões
O Hospital Mãe de Deus, que nos últimos 5 anos gastou R$ 38 milhões em rescisões trabalhistas, irá gastar, apenas com os demitidos da semana passada, quase R$ 4 milhões nas rescisões, em lugar de manter os trabalhadores nos seus postos.
Tal medida causa estranheza ao sindicato. Fica a pergunta: por que precarizar a instituição? Há interesses de vendê-la?
Enquanto Mãe de Deus desvaloriza o trabalhador e precariza atendimento, trabalhadoras são obrigadas a levar seus filhos para os atos de protesto