O Sindisaúde-RS realizou hoje pela manhã a terceira reunião com o sindicato patronal, o Sindihospa, com a finalidade de tratar das denúncias feitas pelos trabalhadores, especialmente do Hospital Moinhos de Vento, sobre a tentativa da gestão de mudar a jornada de trabalho de vários colegas. Inclusive, ao longo das últimas semanas, colegas do São Lucas e do Divina Providência também denunciaram ao sindicato a mesma prática em tais hospitais. Com isso, o sindicato, acompanhado pelo Sergs (enfermeiros), já incluiu esses hospitais na pauta das reuniões com a patronal. Na conversa de hoje, as entidades de classe rechaçaram a tentativa de "proposta" feita pela patronal de reformatação na jornada dos trabalhadores.
Reunião virtual de hoje foi a terceira em três semanas para tratar dos problemas com a jornada 12x36 no Moinhos, São Lucas PUC e Divina Providência
Palavra do Sindisaúde-RS
"Na última reunião, a patronal havia solicitado trazer uma proposta sobre essa questão da jornada a conhecimento dos sindicatos. Pois bem, entendemos que a proposta deles trazida hoje foi muito vaga e a negamos. Além disso, a patronal informou que no prazo de 60 dias encerraria os contratos 12x36 para o pessoal da CTI e, logo a seguir, também encerraria para os demais setores, o que também não nos parece nem um pouco razoável, afinal de contas, temos uma Convenção Coletiva vigente que regula essa questão da jornada de trabalho. Frente a esse cenário, o Sindisaúde-RS informou que vai solicitar ao seu departamento jurídico que emita parecer quanto ao descumprimento da Convenção e, consequentemente, sobre a possibilidade de ajuizamento desse descumprimento", informou o presidente do sindicato, Julio Jesien, que participou da reunião.
Encaminhamento
Ficou acertado que na próxima sexta (25) aconteça nova reunião para tratar dos problemas relacionados à jornada 12x36 nesses hospitais. "Nessa nova reunião, porém, solicitamos ao sindicato patronal a presença das gestões dos três hospitais também. Precisamos entender qual é de fato a posição das gestões nessa questão - o Moinhos de Vento é, inclusive, membro da mesa de negociação Sindihospa. Nessa reunião, exigiremos que tais contratos sejam cessados. Se isso não acontecer, o caminho deve ser o ajuizamento de ação coletiva. Esperamos que não seja necessário chegar a esse ponto", finalizou Jesien.