Na tarde desta quinta (14), o Sindisaúde-RS realizou assembleia no Hospital de Clínicas, na qual informou os trabalhadores da casa sobre a reunião ocorrida terça (12) com a gestão, que tratou dos adicionais retirados ou reduzidos de cerca de 200 funcionários (as). Além disso, ficou definida a manutenção do indicativo de paralisação previsto no edital de 24 de janeiro. Isso permite que, a qualquer momento, a categoria possa votar pela paralisação e, já dentro de 72 horas, cruzar os braços, caso ocorra algum revés nas negociações sinalizadas pela gestão na terça.

Categoria está mobilizada para resistir aos ataques

Encaminhamentos

O presidente Arlindo Ritter, o vice, Júlio Appel, os diretores Carlos Alexandre Silveira, Paulo Vargas e a diretora Maly Magalhães representaram o sindicato. Pelo departamento jurídico Paese, Ferreira, falou a advogada Fernanda Palombini. Ela explicou aos trabalhadores que, na reunião de terça, a gestão do HCPA se comprometeu a enviar para o sindicato e seu corpo de advogados os documentos que explicitam os motivos levantados pelo Tribunal de Contas de União (TCU) para mexer nos adicionais da categoria. "Num primeiro momento, vamos trabalhar com foco em atacar a decisão efetivada pela administração do hospital a partir dos motivos levantados pelo TCU", explicou Fernanda.

Appel e Fernanda, observados por Ritter e Carlos Alexandre conduziram a assembleia e prestaram esclarecimentos

Ritter e Appel, em suas falas, deixaram claro aos trabalhadores que a mobilização da categoria é essencial para que o sindicato consiga triunfar nas negociações. "No ato de luta de 23 de janeiro, a direção viu mais de 90 trabalhadores cobrando pelas negociações. Temos que manter essa mobilização nas próximas semanas para que eles se convençam de que nós não vamos ficar quietos com esse ataque", afirmou Appel, cuja fala foi acompanhada pela do trabalhador da casa Adão Lima: "Naquele dia, nós pedimos pela negociação, e conseguimos. Agora nós temos que nos manter mobilizados para avançar nessas negociações", disse.

Adão Lima, funcionário do HCPA, em sua fala, observado pelo diretor Paulo Vargas

Já Ritter lembrou aos trabalhadores sobre a importância de manter a união e consciência de classe não só para esse enfrentamento, mas para os próximos, como a negociação do Vale-Alimentação, cuja primeira assembleia já está marcada, e para a luta contra a Reforma da Previdência absurda proposta pelo governo federal. "Hoje, às 18 horas, temos o primeiro grande ato unitário em defesa da nossa aposentadoria na Esquina Democrática. O Sindisaúde-RS vai estar lá encampando esse movimento, e precisamos que ele cresça com a participação de vocês, trabalhadores", disse Arlindo.

Categoria acompanhou com bastante participação e atenção as informações e encaminhamentos

Crédito das fotos: Sindisaúde-RS / Stéfano Moura